
Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?” Jesus respondeu: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele” (João 9:1-3).
Parece que, na vida, somos impotentes diante das adversidades que surgem. Muitos se tornam meros comentaristas da vida, desistindo de lutar e apenas comentando os problemas que acontecem ao seu redor.
Nosso cérebro tem uma lógica interessante: ele precisa de justificativas para agir, mesmo que sejam falsas. Frequentemente, aceitamos essas justificativas e as usamos como ferramentas de defesa. Veja este exemplo: todos sabemos que cigarro mata, mas quem quer fumar busca justificativas para continuar fumando, como “Nem todo mundo morre” ou “Tem gente que vive a vida toda fumando”. No fundo, sabemos que é algo prejudicial, mas, ao invés de lutar contra o mau hábito, preferimos a justificativa porque isso não exige esforço.
Tudo o que desejamos nesta vida requer luta e batalhas.
Tudo o que desejamos nesta vida requer luta e batalhas. Precisamos aprender a guerrear e nos acostumar às batalhas. Há uma história sobre a Microsoft, uma das maiores empresas do mundo. Certo dia, o presidente da empresa chegou ao refeitório e percebeu que havia mais camarão do que salsicha. Ele escreveu um memorando para todos os funcionários, explicando como é prejudicial se acostumar ao luxo. Devemos nos habituar às dificuldades, pois a vida é uma constante guerra e precisamos estar prontos para lutar.
Precisamos estar ativos, prontos para enfrentar a adversidade e desejar a mudança.
Deus não chamou ninguém para ser comentarista da vida dos outros. Ele não quer que você perca tempo analisando a vida alheia e dizendo o que as pessoas deveriam ou não fazer.
Voltando ao texto, temos um cego de nascença, um rapaz que nasceu cego. No entanto, agora estamos diante de alguém que é capaz de curar a cegueira desse homem. Diante dessa situação, tenho três alternativas:
- Perguntar a Jesus quem pecou para que ele ficasse cego.
- Dar esmolas a ele em vez de orar por sua cura.
- Orar para que Jesus o cure.
Eles poderiam ter falado sobre a cura do rapaz, mas preferiram questionar quem pecou. É quando nos tornamos comentaristas da vida alheia: “O que aconteceu com fulano? Por que ele está assim? Quero ver como essa história vai acabar. Vou dar alguns conselhos para ele.”
NÃO ACEITO CRÍTICAS CONSTRUTIVAS DE QUEM NUNCA CONSTRUIU NADA.
Não perca tempo querendo dar sua opinião sobre a vida dos outros; é melhor fazer algo produtivo.
Veja bem, os discípulos de Jesus estavam analisando o motivo pelo qual o cego estava assim. A resposta de Jesus foi que ninguém pecou, mas que aquela situação era uma oportunidade para Deus se manifestar.
Existem quatro situações sobre viver algo bom e ruim:
- Consequência é quando faço algo errado e sofro as consequências.
- Graça é quando recebo algo bom mesmo não merecendo.
- Provação é quando recebo algo ruim mesmo fazendo o que é certo.
Sobre esse rapaz repousou Graça. Jesus quis dar algo para ele, independentemente do que ele tinha feito.
Baseado nisso, ao invés de sermos comentaristas da vida dos outros, deveríamos nos envolver e viver essa manifestação de Deus. Deus nos chama para ser construtores de um novo mundo. Em vez de ficarmos analisando os outros, deveríamos manifestar a glória de Deus.
Quem pecou? Não importa.
Quem pecou? Não importa. Quem errou? Não importa. Ele pode se arrepender? Sim. Ele pode desejar uma nova vida? Sim.
Devemos gastar nosso tempo manifestando a obra de Deus.
Nesta semana, uma pessoa muito querida foi diagnosticada com uma má formação no coração ou nas artérias do coração e está na UTI, em uma situação muito delicada. Não é hora de analisar nada, fazer conjecturas ou pensar em análises. É hora de clamar pelo socorro de Deus e manifestar a obra de Deus.
Podemos ser tomados por pensamentos como: “E se ela pecou? E se fez algo errado? E se for a hora dela? E se for o plano de Deus?” Todas essas são justificativas que nossa mente cria para evitar a luta. Isso acontece frequentemente em nossas mentes: entregamos nas mãos do Senhor e largamos de mão, pois é mais fácil não fazer nada e não tentar.
Mas você deveria estar guerreando para que a glória de Deus se manifeste. O mesmo acontece em sua vida. Às vezes, você passa muito tempo analisando o que fez certo ou errado, quando o ponto principal é se arrepender e começar a construir algo novo. Você se preocupa: “Hoje não orei, e agora Deus está desapontado comigo; hoje fui mal educado com tal pessoa.” Deus não está preocupado com isso. Ele só quer que você se arrependa e volte para a luta.
Ficar comentando erros e acertos, relembrando o que deveria ser esquecido, é uma perda de tempo. Pensar nos erros é improdutivo e desanimador. Encha-se de ânimo, busque alegria em Deus. Gaste mais tempo construindo boas obras do que conjecturando sobre seus erros. Gaste mais tempo querendo manifestar as obras de Deus do que triste por não ter conseguido fazer algo.
A sua cultura definirá o seu futuro. O que você está ouvindo e permitindo construir em sua vida pode destruir seu futuro.
Moisés Nogueira de Faria – @moisesnogueiraoficial